terça-feira, 10 de maio de 2011

Amor Platônico

Essa é a história de um menino chamado Albert, e conta como ele teve seu primeiro e ultimo amor platônico.

Albert era um menino caucasiano, olhos castanhos claro. Certo dia caminhando pela rua do seu quarteirão, quando olhou para o outro lado da rua e viu chegando um caminhão de mudanças, logo se interessando pelo que tinha visto olhou para os dois lados, atravessou a rua, e foi quando perguntou para o motorista do caminhão: - Boa tarde seu moço, quem esta se mudando para cá? O motorista então lhe respondeu: - Não sei filho, não há conheço. E assim o motorista ligou o caminhão e partiu. Muito interessado na nova vizinhança o menino ficou a observar a casa todos os dias, foi quando em uma terça-feira, quando seu ônibus vinha apanhá-lo para levá-lo até sua escola, foi quando saiu da tal casa, uma linda menina, que se chamava Estrela. Ele olhou para ela, e foi como se o mundo, no entanto parasse de girar, todos os sons sumissem e só restasse àquela menina, que Albert jurou ser a menina dos seus sonhos, e para a grande sua grande surpresa, Estrela entrou no ônibus escolar também, e sentou-se logo a frente de Albert, e dentro do ônibus uma gritaria, algazarra, e para Albert um silêncio profundo. O menino que tinha apenas 10 anos, jovem demais para saber tal significado de amor, Estrela já mais velha, com 14 anos, tinha um namorado, chamado Roberto, e tinha 16. Estrela e Albert tinham o armário próximo, o que dividia seus armários era o armário de Julia, uma colega de classe de Estrela. Todo o dia Albert passava aqueles pequenos momentos nas trocas de horários e pegar os livros, para observar Estrela, e sua beleza indescritível, seus cabelos longos, lisos, com cheiro de xampu de rosas, e isso já tornando um hábito para o garoto, ficou viciado na menina. No intervalo da escola Albert olhou para todos os cantos e nada de achar Estrela, não cansou de procurar, ia atrás da escola quando tocou o sinal, e ele tinha de retornar a sala de aula, subiu, assistiu todos os tempos, e retornou-se para o ônibus escolar novamente, sentando no seu lugar de origem, então o ônibus partiu, e Estrela não estava a sua frente, então o menino estranhou. Chegando a casa foi para o seu quarto, pegou a roupa, foi para o banheiro e tomou banho, se secou, trocou de roupa e foi deitar, pensando a tarde inteira em Estrela, o quanto era linda, o quanto era única, e o quanto não lhe dava atenção, todos os dias a mesma rotina, acordar, escola e pensar em Estrela. Toda noite ele olhava para janela, olhando as estrelas e reconhecia o porquê dela se chamar Estrela. Como de costume acordou cedo, tomou seu banho e se arrumou e foi esperar o ônibus na esquina, o ônibus chegou, ele subiu e lá estava Estrela, sentada olhando para janela, ele passou ao lado do banco dela e caiu no chão, levantou-se com todos rindo, ele olhou para Estrela e viu o namorado dela do lado com o pé esticado, ela perguntou se ele havia se machucado, ele não conseguiu responder e então se calou, e sentou no seu banco, olhando fixamente para nuca da menina, com as mãos tremulas então o ônibus parou e chegaram todos a escola. Assistindo então os quatros primeiros tempos de aula, toca-se o sinal para o intervalo, descendo então para o pátio do colégio, sentando-se no banco e olhando para rampa da escola, esperando ver a Estrela, quando ela desce de mãos dadas com Roberto seu namorado. O menino pegou seu caderno e colocou na ultima folha, pegou sua caneta e começou a escrever o nome da Estrela e logo em baixo um coração e logo após o coração ele escrevia seu nome, fazendo isso nas 10 ultimas folhas do caderno tocou-se o sinal para retornarem a sala, enquanto ainda no corredor o menino subindo com o caderno na mão, passou um menino correndo e esbarra em Alberto e seu caderno cai, e quando ia se abaixar para pegar seu caderno ele vê uma mão abaixando e pegando o caderno e lhe entregando, quando ele olhou era Estrela, que olhou pra ele e sorriu, e então ele a respondeu: - O-o-obriga-do. Passaram-se horas e já no término da aula, ele descendo a rampa para chegar ao ônibus, chegando então, sentou novamente no seu lugar como de costume, todos entraram e por ultimo entra Estrela sentou-se á sua frente, mas Roberto não estava ao seu lado. O menino levantou-se do seu lugar de origem e sentou-se ao lado de Estrela, olhou para ela e ela sorriu novamente, o menino se derreteu feito manteiga, e eles começaram a conversar. – Oi Albert. – Oi Es... – Trela? – Isso.. – Tudo bom menino? – Melhor agora ele respondeu. Logo em seguida ele disse: - Tenho uma coisa para lhe dizer, ela então revidou: - Então diga, aproveita que só faltam esquinas para o nosso quarteirão. O menino disse: Pode parecer... Como se diz a palavra.. É.. Clichê! Isso.. Então, eu a amo Estrela. A menina sorriu e bagunçou seu cabelo, lhe deu um beijo no rosto e disse: - Muito fofo da sua parte, então se levantou e os dois desceram, ele a seguindo e olhando para ela, ela acelerou um pouco mais o seu caminhar, e entrou em casa, ele retornando a sua casa, entrou e foi imediatamente para seu quarto, se jogou na cama e iniciou um pequeno momento de choros e soluços. Quando menos o menino espera sua mãe entrou em seu quarto e perguntou o motivo das lágrimas, ele ficou assustado sem saber o que dizer, mas tinha que dizer a verdade, pois nunca havia escondido nada de sua mãe, ele a respondeu: - Mãe estou apaixonado por uma menina que não sente nada por mim, sua mãe sorriu e disse: - Apaixonado Albert ? Que história é essa meu filho? – É mãe, apaixonado, estou amando Estrela, aquela menina que se mudou há pouco tempo para nosso quarteirão. Depois de longos minutos de conversa o menino foi comprar pão para seu café, chegando perto a padaria havia uma praça, e lá estavam, Estrela e Roberto, de mãos dadas conversando, fazendo planos, o menino ouviu tudo, e começou a chorar novamente, só que pior, no meio da rua, Estrela e Roberto vira o menino chorar, e foi perguntar o porquê. Albert saiu correndo, voltou para casa, e se trancou no quarto, não tomou café e não jantou, então dormiu. Naquela sexta-feira Albert não foi para escola, sua mão preocupada batia na porta feio louca e chamando o nome de seu filho, mas nada dele responder, então ela pegou a chave reserva que tinha embaixo do travesseiro em seu quarto, abriu a porta e viu o menino sentado com uma atadura enfaixada em seu antebraço, ela ia tocar na atadura e ele gritou: Sai não encosta aqui, e saiu de seu quarto correndo, o menino logo foi para seu portão e sentou-se em um banco que tinha em frente sua casa, olhando para o céu ele escuta alguém chamar seu nome um pouco baixo, ele olhou para os lados e viu na outra esquina de seu bairro, era a Estrela acenando para ele, ele não respondeu com o mesmo. Ela foi até ele, sentou-se ao seu lado e perguntou o que tinha acontecido com ele, porque ele não foi para escola, e perguntou sobre a atadura em seu antebraço, Albert não respondeu nenhuma delas, ela então disse: - Se você me contar eu lhe dou um beijo. Albert ficou branco, parecia que havia visto um fantasma, suas mãos começaram a soar. Albert respondeu: Eu não fui à escola porque estava doente, e essa atadura não é nada, então ela pediu que ele amostre-se, ele esticou o braço para ela, ela tirou o nó dado pelo menino, e foi desenrolando, quando tirou toda a atadura, viu o símbolo de uma estrela em seu antebraço, um pouco acima de seu pulso, a estrela havia sido feita por algo de ponta bem afiada, avia casca, e estava quase inflamando, a menina se assustou e saiu de perto do menino, ele olhou para ela e disse: - Não se assuste, isso é um dos poucos que fiz, tenho na coxa, nas paredes do meu quarto, Estrela, quando eu disse te amar, não era mentira. A menina derramou uma lágrima, alisou o rosto de Albert e disse: Desculpa, não posso retribuir tal sentimento, eu tenho namorado você é muito novo, vai amar outra vez. Albert disse: Não se preocupa comigo. Albert levantou e entrou em sua residência, sentou na beira da piscina, e ficou mexendo com os dedos na água, enquanto sua mãe preparava seu almoço, fez a comida preferida de Albert, arroz branco, bife, batata frita e um suco de maracujá bem gelado, deixando então na mesa o almoço pronto foi procurar Albert, revirou seu quintal e nada do seu filho, chegando a beira da piscina viu o menino lá no fundo, desesperada pulou na piscina, retirou seu filho, colocou ele deitado a beira da piscina, fez respiração boca a boca, e nada do menino acordar, medindo então seus pulsos, nenhum sinal de batimentos, a mãe logo em seguida foi correndo pegar o telefone e ligar para ambulância, minutos depois chega o carro da ambulância e todos na rua olhando o movimento em frente à casa do menino, quando entra correndo Estrela perguntando sobre o menino, ele já estava dentro da ambulância, os enfermeiros tentou "anima-lo" e nenhum sinal de vida o menino demonstrou, quando um dos enfermeiros disse: - Seu filho faleceu. A mãe se ajoelhou e começou a chorar, Estrela abraçou a mãe de Albert tentando ampara-la, Estrela imediatamente subiu pela escada procurando o quarto do menino, viu o desenho de uma estrela em uma das portas e entrou, vendo na cama um papel, chegou perto, sentou na cama e começou a ler, começando a chorar a menina desceu com o tal papel, e entregou a mãe de Albert e disse: Não foi minha culpa, não quis que terminasse assim, e assim saiu e foi para casa, a mãe então começou a ler, e na fola estava escrito: “Nesse momento, devo estar morto, ou quase isso, puderam encontrar pelo meu corpo estrelas, foi feita pela faca de churrasco que tem na cozinha na terceira gaveta, que meu pai usava para ameaçar minha mãe, como alguns de vocês sabem, eu sou apaixonado pela Estrela, e não tenho o que fazer ai nesse mundo se ela não sente o mesmo, o que o namorado dela tem que eu não tenho? Idade? Altura? Sinceramente ainda não descobri e não vai ter como descobrir, só quero que todos e principalmente você Estrela, que também deve estar lendo esta carta, olhaste para o céu, visse a estrela que mais brilha, sou eu, toda vez que olhar para ela, lembre-se de mim, já que você Estrela, não pode ser minha, eu serei seu, basta olhar para estrela no céu.”. A mãe desmaiou, quando acordou, estava no hospital, com diversos tipos de aparelhos ligados ao seu corpo, quando soube que teve um infarto, e estava desacordada a quase duas semanas, olhando então para o espelho de vidro que dividia seu leito com o corredor do hospital, viu seu filho Albert segurando uma estrela, ele olhou para ela e sorriu, quando sua mãe piscou e olhou para mesma direção, já não estava mais lá o seu único filho Albert.

Alessandro O.

Nenhum comentário:

Postar um comentário